ALDEIA DO VALE - PERMACULTURE PORTUGAL
  • Formações
    • Permaculture Design Certificate Course
    • Curso Certificado Design em Permacultura em Português >
      • ABRIL - Curso Design em Permacultura
      • JUNHO - Curso Certificado Design em permacultura
      • SETEMBRO - Curso Certificado Design em Permacultura
      • FINS DE SEMANA - Curso Certificado Design em Permacultura
    • Curso Apicultura
    • Horta em Permacultura
    • Cultivo Caseiro Cogumelos
    • Eco Construção
    • Agroflorestas e Bosques de Alimentos
    • Permacultura para Herbalistas ​Design funcional, plantas medicinais e destilação artesanal
  • Quem somos
  • Permaculture Tips - Dicas em Permacultura
  • Visita ao projecto
    • Team Building - Empresas
    • Dia Aberto - Open day
    • Voluntariado na aldeia
  • Presentes Sustentáveis e Regenerativos
  • Support Aldeia do Vale - Ajuda-nos
  • Sementes - Seeds
  • Estágio em permacultura
  • Contactos e serviços
  • Sementes da aldeia
  • Aldeia do Vale pela internet

A Importância das Coberturas de Solo           The Importance of Soil Cover

22/4/2025

0 Comentários

 
Fotografia
Fotografia
 English below 

Na agricultura regenerativa, na permacultura e na horticultura ecológica, há um princípio essencial que devemos seguir: o solo nunca deve estar nu.
A natureza mostra-nos isso diariamente. Em florestas, campos e prados saudáveis, o solo está sempre coberto por folhas, raízes, musgo, galhos ou matéria em decomposição. Quando deixamos o solo exposto, quebramos esse equilíbrio, enfraquecendo a vida que ali existe.
Cobrir o solo é mais do que proteger: é nutrir, hidratar, acolher vida e regenerar. É trabalhar com os ritmos da natureza, e não contra eles.

Porquê cobrir o solo?
  1. Redução da evaporação da água
    A cobertura protege o solo da radiação solar directa, conservando a humidade e reduzindo drasticamente a necessidade de rega, especialmente em épocas secas.
  2. Regulação da temperatura do solo
    Um solo coberto aquece-se e arrefece mais lentamente, oferecendo uma temperatura estável, que favorece o desenvolvimento saudável das raízes e da vida microbiana.
  3. Prevenção da erosão
    A cobertura actua como um escudo contra o impacto da chuva e a força do vento, protegendo a camada superficial do solo, onde se concentra a maior parte da vida e dos nutrientes.
  4. Aumento da vida microbiana
    Ao manter a humidade e evitar o choque térmico, a cobertura cria um ambiente ideal para a vida no subsolo: fungos, bactérias, minhocas e outros decompositores prosperam, alimentando o solo e criando fertilidade viva.
  5. Alimento para fungos e microrganismos
    A matéria vegetal decomposta é rica em carbono — o alimento preferido dos fungos benéficos e microrganismos do solo. Estes transformam a matéria orgânica em nutrientes disponíveis para as plantas, fechando o ciclo da fertilidade.
  6. Sistema de rega natural da natureza
    O carbono presente nas folhas secas, palha ou madeira tem a capacidade de absorver e reter água como uma esponja, funcionando como um reservatório hídrico natural. Tal como no chão das florestas, a água infiltra-se lentamente e mantém-se disponível por mais tempo.
  7. Controlo natural de infestantes
    Ao bloquear a luz do sol, a cobertura dificulta a germinação de sementes indesejadas. É uma forma eficaz e natural de suprimir ervas espontâneas sem necessidade de sacha ou herbicidas.
  8. Abrigo para a biodiversidade
    Debaixo da cobertura vivem inúmeros organismos: insectos, escaravelhos, aranhas, microrganismos, moluscos e até anfíbios. Um solo coberto é um habitat vivo e dinâmico, fundamental para o equilíbrio do ecossistema agrícola.
  9. Fornecimento contínuo de matéria orgânica
    À medida que a cobertura se decompõe, vai libertando nutrientes, melhorando a estrutura do solo e aumentando a sua fertilidade a longo prazo.

Tipos de coberturas de soloPodemos agrupar as coberturas em dois grandes tipos: mortas e vivas.
Coberturas mortas (também chamadas mulch):
  • Palha
    Leve, eficaz e muito usada na horta. No entanto, pode conter sementes. Por isso, os fardos devem ser deixados ao ar livre, expostos à chuva, ou regados durante 6 meses a 1 ano, para permitir que as sementes germinem e morram antes de serem aplicados nos canteiros.
  • Feno
    Muito semelhante à palha, mas com ainda mais sementes. Deve também ser “lavado” pela chuva antes de ser utilizado, para evitar a introdução de infestantes no solo.
  • Folhas secas
    Ricas em carbono, são uma excelente cobertura para o Outono e Inverno. Decompõem-se lentamente e protegem bem o solo.
  • Serradura, cascas ou aparas de madeira
    São úteis sobretudo em zonas perenes, caminhos ou ao redor de árvores. Decompõem-se lentamente e ajudam a formar húmus.
  • Cartão ou jornal (sem tintas coloridas)
    Utilizado como camada base para suprimir infestantes. Deve ser molhado e coberto com matéria vegetal por cima.
  • Composto semi-maduro
    Pode ser aplicado como cobertura, actuando ao mesmo tempo como fertilizante.
  • Ervas espontâneas arrancadas (sem sementes)
    As ervas que retiramos dos canteiros ou caminhos podem ser reutilizadas como cobertura, desde que não contenham sementes, evitando assim que se voltem a propagar.
Coberturas vivas (plantas de cobertura):
  • Trevo branco (Trifolium repens)
    Rasteiro, fixa azoto, cobre o solo com eficácia e atrai polinizadores.
  • Mostarda-branca
    Crescimento rápido, boa para suprimir infestantes e melhorar o solo após corte.
  • Abóboras, curgetes e melões rasteiros
    Plantas que cobrem bem grandes áreas, sombream o solo e ainda oferecem colheitas.
  • Hortelã (Mentha spp.)
    Planta perene, aromática e expansiva, ideal para zonas sombrias, húmidas ou de bosque. Forma rapidamente uma cobertura densa, ajuda a repelir algumas pragas e promove a biodiversidade do solo.

Dicas práticas
  • Aplica a cobertura após rega ou chuva
    Assim, a humidade já presente no solo é retida por mais tempo.
  • Evita espessuras excessivas em solos muito argilosos ou mal drenados, pois podem provocar excesso de humidade e criar condições para fungos indesejados.
  • Combina materiais
    Por exemplo: cartão como base + palha + folhas secas é uma combinação simples e muito eficaz.
  • faz rotação de coberturas de solo
    Tal como nas culturas, variar as coberturas ao longo do ano ajuda a manter o solo saudável e diverso.

Cobrir o solo é talvez uma das práticas mais simples, económicas e poderosas que podemos adoptar para regenerar, proteger e fertilizar naturalmente a terra onde cultivamos. É uma prática ancestral, validada pela natureza, e essencial para uma agricultura viva e resiliente.
Na horta, no pomar, nos caminhos ou nos sistemas agroflorestais, a cobertura de solo é um gesto de cuidado profundo com a vida invisível que alimenta todas as outras.


Fotografia
Fotografia
English

In regenerative agriculture, permaculture, and ecological horticulture, there is one essential principle we must follow: the soil should never be left bare.
Nature shows us this every day. In forests, meadows, and healthy fields, the soil is always covered — by leaves, roots, moss, branches, or decomposing organic matter. When we leave the soil exposed, we disrupt this balance and weaken the life that depends on it.
Covering the soil is more than protecting it: it’s about nourishing, hydrating, sheltering life, and regenerating. It’s working with nature’s rhythms — not against them.

Why cover the soil?Reducing water evaporation
Covering the soil protects it from direct sunlight, preserving moisture and drastically reducing the need for irrigation, especially during dry periods.
Regulating soil temperature
Covered soil warms up and cools down more slowly, offering a stable environment that supports healthy root development and microbial life.
Preventing erosion
Soil cover acts as a shield against the impact of rain and wind, protecting the topsoil layer, where most life and nutrients are concentrated.
Boosting microbial activity
By retaining moisture and avoiding temperature shock, cover creates the ideal environment for underground life: fungi, bacteria, earthworms, and other decomposers thrive, enriching the soil and building living fertility.
Feeding fungi and microorganisms
Decomposing plant matter is rich in carbon — the preferred food source for beneficial fungi and soil microbes. These organisms break down organic matter into nutrients accessible to plants, closing the fertility loop.
Nature’s irrigation system
The carbon in dry leaves, straw, or wood can absorb and retain water like a sponge, acting as a natural water reservoir. Just like on the forest floor, water infiltrates slowly and remains available for longer.
Natural weed suppression
By blocking sunlight, the cover prevents the germination of unwanted seeds. It’s an effective and chemical-free way to suppress spontaneous weeds.
Habitat for biodiversity
Beneath the cover, countless organisms live: insects, beetles, spiders, microbes, molluscs, and even amphibians. A covered soil is a living, dynamic habitat, vital for agricultural ecosystem balance.
Continuous supply of organic matter
As the cover decomposes, it slowly releases nutrients, improves soil structure, and increases long-term fertility.

Types of soil coverSoil covers can be grouped into two main types: dead and living.
Dead covers (also known as mulch):
  • Straw
    Lightweight, effective, and widely used in vegetable gardens. However, it can contain seeds. For this reason, bales should be left outdoors, exposed to rain or watered for 6 months to 1 year to allow seeds to germinate and die before applying to garden beds.
  • Hay
    Very similar to straw, but usually contains even more seeds. It should also be “washed” by rain before use, to avoid introducing weeds.
  • Dry leaves
    Rich in carbon, they make excellent cover for autumn and winter. They break down slowly and protect the soil well.
  • Sawdust, bark, or wood chips
    Useful especially around trees, in perennial areas or pathways. They break down slowly and help form humus.
  • Cardboard or newspaper (without coloured ink)
    Used as a base layer to suppress weeds. Should be moistened and covered with organic matter.
  • Semi-mature compost
    Can be applied as a surface cover while also acting as a fertilizer.
  • Pulled weeds (without seeds)
    Weeds removed from garden beds or paths can be reused as cover, as long as they don’t contain seeds, to prevent them from reseeding.
Living covers (cover crops):
  • White clover (Trifolium repens)
    Low-growing, nitrogen-fixing, effective soil cover that also attracts pollinators.
  • White mustard
    Fast-growing, useful for weed suppression and soil improvement after cutting.
  • Squash, courgettes, and creeping melons
    Plants that spread across wide areas, shade the soil effectively, and provide food at the same time.
  • Mint (Mentha spp.)
    A perennial, aromatic, and spreading plant, ideal for shady, moist, or woodland areas. It quickly forms a dense cover, helps repel certain pests, and enhances soil biodiversity.

Practical tips
  • Apply cover after watering or rainfall
    This helps retain the moisture already in the soil for longer.
  • Avoid overly thick layers on very clayey or poorly drained soils, as they can trap too much moisture and encourage unwanted fungi.
  • Combine materials
    For example: cardboard as a base + straw + dry leaves is a simple and highly effective combination.
  • Rotate your soil covers
    Just like crops, varying your cover materials throughout the year helps keep the soil healthy and biologically diverse.

Covering the soil is perhaps one of the simplest, most affordable, and most powerful practices we can adopt to regenerate, protect, and naturally fertilise the land we cultivate. It is an ancestral practice, validated by nature itself, and essential to resilient, living agriculture.
Whether in vegetable gardens, orchards, paths, or agroforestry systems, soil cover is a gesture of deep care for the invisible life that nourishes all others.
0 Comentários

Sabugueiro - Elderberry (Sambucus nigra)

22/4/2025

1 Comentário

 
English below

O sabugueiro é um arbusto ou pequena árvore caducifólia, muito comum em zonas rurais e de clima temperado. É uma planta com forte tradição na medicina popular, riquíssima em benefícios, e com grande potencial em sistemas agroecológicos e de permacultura.

Ciclo e Características Gerais
  • Tipo de planta: Arbusto ou árvore de folha caduca.
  • Altura: Pode atingir entre 4 a 7 metros de altura.
  • Crescimento: Rápido, especialmente em solos húmidos e ricos em matéria orgânica.
  • Longevidade: Pode viver várias décadas quando bem estabelecido.

Floração e Frutificação (Portugal)
  • Floração: Entre Maio e Junho, com inflorescências em forma de umbela, brancas e muito aromáticas.
  • Frutificação: Os frutos amadurecem entre Agosto e Setembro, formando cachos de pequenas bagas negras ou roxo-escuras.

Cultivo do Sabugueiro
  • Propagação: Por estacaria (ramos lenhosos no Inverno) ou por semente (embora mais demorada).
  • Solo: Prefere solos profundos, húmidos e bem drenados.
  • Exposição solar: Sol ou meia-sombra.
  • Manutenção: Pouca exigência. Convém fazer podas ligeiras para estimular a floração e facilitar a colheita dos frutos.

Usos Tradicionais e Funcionais1. Medicinais
  • As flores são utilizadas em infusões com propriedades sudoríficas, anti-inflamatórias e expectorantes, indicadas para gripes, constipações, febres e alergias.
  • As bagas (quando bem maduras e cozinhadas) têm propriedades antioxidantes e antivirais.
  • A casca e folhas têm usos medicinais mas devem ser usadas com cuidado, pois contêm compostos potencialmente tóxicos se mal preparados.
2. Alimentares
  • As flores são usadas para fazer xaropes, vinagres aromatizados, limonadas e sobremesas.
  • As bagas podem ser usadas em compotas, xaropes, vinhos e licores (devem ser sempre cozinhadas, nunca consumidas cruas).
3. Ecológicos e agrícolas
  • Atrai polinizadores e aves.
  • Pode ser usado como cerca viva ou como barreira de vento em sistemas agroflorestais.
  • Produz sombra leve, útil para culturas que beneficiam de meia-sombra no Verão.
  • Pode ser integrado em bordaduras de zonas húmidas, junto a linhas de água, valas ou charcos.

Funções na Permacultura
  • Planta companheira: A sua presença pode aumentar a biodiversidade e atrair fauna auxiliar, como predadores naturais de pragas.
  • Cobertura arbustiva: Útil para estratificação vertical num sistema agroflorestal (camada arbustiva entre ervas e árvores).
  • Ciclo fechado: As podas podem ser compostadas, as flores e frutos aproveitados, e as folhas utilizadas como cobertura morta.
  • Produção múltipla: Alimentar, medicinal, polinizadora e paisagística — uma verdadeira planta polivalente.

Cuidados Importantes
  • As partes verdes da planta (folhas, casca, sementes cruas) contêm glicosídeos cianogénicos, que podem ser tóxicos em grandes quantidades. As flores e bagas maduras, cozinhadas, são seguras e benéficas.

________________________________________________________________________________________
English

The elderberry is a deciduous shrub or small tree, very common in rural and temperate regions. It has a long tradition in folk medicine, is rich in health benefits, and has great potential in agroecological and permaculture systems.

Life Cycle and General Characteristics
  • Plant type: Deciduous shrub or small tree.
  • Height: Typically grows between 4 to 7 metres.
  • Growth rate: Fast, especially in moist, nutrient-rich soils.
  • Longevity: Can live for several decades when well established.

Flowering and Fruiting (Portugal and similar climates)
  • Flowering: Occurs between May and June, with large, aromatic white umbel-shaped inflorescences.
  • Fruiting: The berries ripen between August and September, forming clusters of small dark purple or black fruits.

How to Cultivate Elderberry
  • Propagation: By hardwood cuttings in winter (most effective) or from seed (slower).
  • Soil: Prefers deep, moist, well-drained soils.
  • Sun exposure: Thrives in full sun or partial shade.
  • Maintenance: Low. Light pruning is useful to encourage flowering and facilitate fruit harvesting.

Traditional and Functional Uses1. Medicinal
  • Flowers are used in teas with sweat-inducing, anti-inflammatory, and expectorant properties — ideal for colds, flu, fever, and allergies.
  • Berries (when fully ripe and cooked) are rich in antioxidants and antiviral compounds.
  • Leaves and bark have medicinal applications but must be used cautiously, as they can be toxic if improperly prepared.
2. Culinary
  • Flowers are used to make syrups, flavoured vinegars, lemonades, and desserts.
  • Berries can be used in jams, syrups, wines, and liqueurs (always cooked — never eaten raw).
3. Ecological and agricultural
  • Attracts pollinators and birds.
  • Can be used as a living fence or windbreak in agroforestry systems.
  • Provides light shade, beneficial for understory crops in summer.
  • Ideal for planting on the edges of wetlands, near ditches, ponds, or streams.

Functions in Permaculture
  • Companion plant: Enhances biodiversity and attracts beneficial fauna, such as natural predators of pests.
  • Shrub layer coverage: Fills the shrub layer in forest garden systems (between herbs and trees).
  • Closed-loop use: Prunings can be composted, flowers and fruits harvested, and leaves used as mulch.
  • Multiple yields: Food, medicine, pollination, and landscape — a truly multifunctional plant.

Important Cautions
  • Green parts of the plant (leaves, bark, raw seeds) contain cyanogenic glycosides, which can be toxic in high amounts.
  • Fully ripe, cooked berries and flowers are safe and highly beneficial.
Fotografia
Fotografia
Fotografia
1 Comentário

Bardana  - Burdock (Arctium lappa)

22/4/2025

0 Comentários

 
Fotografia
Fotografia
English Below 

A bardana é uma planta bianual, com diversos usos medicinais, alimentares e ecológicos. Em sistemas de permacultura, destaca-se pela sua raiz profunda, folhas largas e grande valor funcional.

Ciclo de Vida da Bardana (em Portugal)Primeiro Ano
  • Primavera: Germina e desenvolve uma roseta de folhas junto ao solo.
  • Verão – Outono: Acumula energia na raiz pivotante.
  • Inverno: A parte aérea seca, mas a raiz permanece viva no solo.
Segundo Ano
  • Primavera: Rebrota e emite um caule floral.
  • Verão: Floresce (flores roxas muito atractivas para polinizadores).
  • Final do Verão – Início do Outono: Produz sementes e completa o ciclo, morrendo de seguida.

Colheita da Raiz
  • A raiz deve ser colhida no Outono do primeiro ano, antes da floração.
  • Alternativamente, pode ser colhida no início da Primavera do segundo ano, se o solo estiver em boas condições.
  • Após a floração, a raiz torna-se fibrosa e perde qualidade.

Como Cultivar Bardana
  • Sementeira directa: De Março a Maio.
  • Solo: Fértil, profundo e bem solto.
  • Exposição solar: Prefere sol pleno, mas tolera meia-sombra.
  • Espaçamento: 30 a 50 cm entre plantas.
  • Rega: Regular, sem encharcar.

Usos e Benefícios da BardanaMedicinais
  • A raiz é depurativa, diurética e anti-inflamatória.
  • Indicada para desintoxicação do organismo, apoio hepático e tratamento de doenças de pele.
  • Pode ser utilizada em infusões, decocções e cataplasmas.
Alimentares
  • A raiz jovem é comestível e rica em fibras, podendo ser cozinhada como legume.
  • As folhas jovens também são comestíveis após cozedura, embora tenham sabor amargo.

Funções na Permacultura
  • Raiz pivotante: A bardana penetra até aos horizontes mais profundos do solo, promovendo a sua descompactação natural e mobilizando nutrientes inacessíveis às plantas de raiz superficial.
  • Cobertura viva do solo: As folhas largas sombreiam o solo, reduzindo evaporação e inibindo plantas espontâneas indesejadas.
  • Atracção de polinizadores: As flores são muito visitadas por abelhas e outros insectos úteis.
  • Produção de biomassa: Fornece matéria orgânica para compostagem ou cobertura morta.
  • Indicadora ecológica: Surge naturalmente em solos húmidos e férteis.

Uso alternativo curioso: As folhas grandes e macias da bardana podem ser utilizadas como papel higiénico natural em contextos de campo ou acampamento. São suaves, resistentes.


________________________________________________________________________________________
English 

​Burdock is a biennial plant with various medicinal, culinary, and ecological uses. In permaculture systems, it is valued for its deep taproot, broad leaves, and multiple functional roles.

Life Cycle of Burdock (in Portugal/temperate climates)First Year
  • Spring: Seeds germinate and the plant forms a rosette of large leaves close to the ground.
  • Summer – Autumn: Energy is stored in the taproot.
  • Winter: The aerial part dies back, but the root remains alive underground.
Second Year
  • Spring: The plant resprouts and sends up a tall flowering stalk.
  • Summer: It blooms with purple flowers (highly attractive to pollinators).
  • Late Summer – Early Autumn: It produces seeds and dies after reproduction.

Harvesting the Root
  • The best time to harvest the root is in autumn of the first year, before the plant flowers.
  • Alternatively, it can be harvested in early spring of the second year, as long as soil conditions are suitable.
  • After flowering, the root becomes fibrous and loses its culinary and medicinal value.

How to Grow Burdock
  • Direct sowing: From March to May.
  • Soil: Fertile, deep, and well-loosened.
  • Sun exposure: Prefers full sun, but tolerates partial shade.
  • Spacing: 30 to 50 cm between plants.
  • Watering: Regular, but avoid waterlogging.

Uses and Benefits of BurdockMedicinal
  • The root is known for being depurative, diuretic, and anti-inflammatory.
  • It supports detoxification, liver function, and skin conditions (e.g., acne, eczema).
  • It can be used in teas, decoctions, or poultices.
Culinary
  • The young root is edible, rich in fibre, and can be cooked as a root vegetable.
  • Young leaves are also edible when cooked, though they are somewhat bitter.

Functions in Permaculture
  • Taproot: Burdock develops a strong taproot that penetrates deep into the lower soil horizons, helping to break up compacted soil and mobilise nutrients that are otherwise unavailable to shallow-rooted plants.
  • Living ground cover: Its large leaves shade the soil, helping to retain moisture and suppress unwanted spontaneous vegetation.
  • Pollinator attraction: Its flowers draw in bees and beneficial insects.
  • Biomass production: Offers ample green matter for mulch or compost.
  • Ecological indicator: Often grows in moist, fertile soils and disturbed areas.

Alternative use (Field Hygiene)Burdock's large, soft leaves are excellent as natural toilet paper in outdoor or wilderness settings. They are gentle, durable, and biodegradable.


​
0 Comentários

    Categorias

    Tudo
    Plantas
    Solo - Soil

    Arquivos

    Abril 2025


Esperamos pela tua visita em breve 


Horário 

9h às 17h 

Contacto telefónico

+351963500112

Email

[email protected]
  • Formações
    • Permaculture Design Certificate Course
    • Curso Certificado Design em Permacultura em Português >
      • ABRIL - Curso Design em Permacultura
      • JUNHO - Curso Certificado Design em permacultura
      • SETEMBRO - Curso Certificado Design em Permacultura
      • FINS DE SEMANA - Curso Certificado Design em Permacultura
    • Curso Apicultura
    • Horta em Permacultura
    • Cultivo Caseiro Cogumelos
    • Eco Construção
    • Agroflorestas e Bosques de Alimentos
    • Permacultura para Herbalistas ​Design funcional, plantas medicinais e destilação artesanal
  • Quem somos
  • Permaculture Tips - Dicas em Permacultura
  • Visita ao projecto
    • Team Building - Empresas
    • Dia Aberto - Open day
    • Voluntariado na aldeia
  • Presentes Sustentáveis e Regenerativos
  • Support Aldeia do Vale - Ajuda-nos
  • Sementes - Seeds
  • Estágio em permacultura
  • Contactos e serviços
  • Sementes da aldeia
  • Aldeia do Vale pela internet